Até logo! Partida contra o Botafogo marca despedida de Luiz Henrique com a camisa do Fluminense

A partida contra o Botafogo, nesse domingo, às 16 horas no Estádio Nilton Santos, marcará a despedida de Luiz Henrique com o manto tricolor. Desde os 11 anos nas categorias de base do clube, o jogador fará sua última partida antes de embarcar para a Espanha, onde na semana que vem, se apresenta ao Real Bétis, clube que comprou seus direitos econômicos. Seu vínculo com os Béticos inicia no dia primeiro de julho.

O valor total do negócio com os espanhóis, com bônus, girou em torno de € 13 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões na cotação da época do fechamento do negócio), e o Tricolor manterá 15% dos direitos econômicos para negociações futuras. O Flu tinha 100% dos direitos do jovem. Em questão de salário, a oferta foi considerada irrecusável pelo jogador, que vai receber cerca de 10 vezes mais do que ganha nas Laranjeiras

Lançado ao time principal do Fluminense em 2020 pelo técnico Odair Hellmann, após o próprio gostar do jogador na equipe de Aspirantes (Sub-23), Luiz, desde que subiu aos profissionais, nunca mais desceu. Com muita entrega e versatilidade, o jogador foi um dos grandes destaques do Fluminense nesses últimos anos.

Luiz Henrique contribuiu para o grande crescimento do clube nessas três temporadas em que vestiu a camisa do time. Com ele, o tricolor ganhou a Taça Rio de 2020, a Taça Guanabara de 2022 e o Campeonato Carioca de 2022. Além disso, Luiz ajudou a colocar o Flu nas duas últimas edições da Libertadores, além de deixar o time na parte de cima da tabela no Brasileirão de 2020 e 2021. Todos esses feitos, geraram uma alta quantia aos cofres tricolores.

2020

Copa do Brasil  – 4ª fase – R$ 5,9 milhões de reais.
Brasileirão – Terminou na 5ª posição – R$ 26,4 milhões de reais.

2021

Libertadores – Quartas de Final – R$30,8 milhões de reais.
Copa do Brasil – 3ª fase, oitavas e quartas de final – R$ 7,8 milhões de reais.
Brasileirão – Terminou na 7ª posição – R$ 23,1 milhões de reais.

Somando esses dois anos, mesmo com o Carioca sem dar premiação em dinheiro, Luiz contribuiu para o clube arrecadar 93 milhões de reais em premiações (61 milhões em 2021 e 32 milhões, em 2020).

No total, em três temporadas, disputou 119 jogos (vai fazer o número 120 contra o Botafogo), marcando 14 gols e dando 14 assistências.

O presidente Mário Bittencourt, em uma das suas recentes entrevistas, comentou a questão dos atletas tricolores jogarem no time principal e depois, serem vendidos para o futebol europeu.

“O Fluminense, pelas questões financeiras que tem, que ainda são delicadas, ainda precisa de vender seus atletas, seus principais ativos, para manter um time profissional competitivo. E nós temos o privilégio de ter Xerém. E hoje, os meninos que saem de lá, ainda sobem ao time profissional, tem espaço para crescer, se desenvolverem, criar uma identidade com o clube e serem peças importantes na equipe. São pouco hoje os clubes que fazem isso no Brasil. Obviamente, caso despontem como grandes jogadores que são, fica difícil segurar por muito tempo. Todos eles também tem o desejo de ir para a Europa e nós não queremos privá-los disso. Mas, na hora de vender, precisa ser uma proposta para o clube e para o atleta. Ou seja, conseguimos além de um retorno financeiro com a venda, conseguimos um grande retorno dentro de campo com premiações e com o desenvolvimento e futebol apresentado por esses meninos de ouro”

Hoje, o atacante utilizará uma camisa especial na partida válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogador carregará às costas, além do seu número 11, o nome do histórico torcedor tricolor Chico Guanabara, que inspirou a web série do clube, disponível na FluTV.

Chico Guanabara foi um negro, capoeirista e tricolor e que é historicamente reconhecido como primeiro torcedor de futebol do brasil numa época em que o esporte era frequentado apenas pela elite do Rio de Janeiro.

ST