Fluminense sofreu 8 gols em falhas individuais no Brasileirão
No último sábado (17), o Fluminense voltou apresentar falhas defensivas, coletivas e individuais, durante o empate em 2 a 2 com o Ceará, no Maracanã. O segundo gol do Vozão, por exemplo, aconteceu após o zagueiro Digão errar na saída de bola. De acordo com o levantamento da nossa reportagem, mais de um terço dos gols sofridos pelo Flu podem ser classificados como falhas.
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Basta olhar para a tabela de classificação do Campeonato Brasileiro para perceber que o Flu possui o quarto melhor ataque. São 25 gols em 17 jogos. O Tricolor está atrás somente de Atlético-MG, Flamengo e Internacional, respectivamente. Em contrapartida, a defesa, tida sempre como virtude do técnico Odair Hellmann, aparece apenas na 10ª posição. Com 20 gols sofridos.
Neste caso, uma velha máxima do futebol diz que “se não houvessem erros, não haveria gols”. Ou seja, se todas as defesas desempenhassem perfeitamente seu papel, todo jogo terminaria empatada em 0 a 0.
Para não chegar a este nível de preciosismo, o Saudações Tricolores estabeleceu um critério. Foram classificadas como falhas individuais as vezes em que um jogador perdeu a posse da bola, errou um passe ou cometeu uma desatenção na marcação, resultando diretamente em gol do adversário. Além disso, no caso dos goleiros, a definição é para erros técnicos. Como um frango claro ou espalmar para o meio da área, por exemplo.
Sendo assim, identificamos ao menos oito falhas individuais nos gols sofridos pelo Fluminense. Entre os que mais erraram nos gols estão o goleiro Muriel e o zagueiro Nino, com duas cada. O arqueiro falhou contra RB Bragantino e Flamengo. Enquanto o defensor cometeu erros contra São Paulo e Corinthians.
Jogador | Falhas |
Muriel | 2 |
Nino | 2 |
Digão | 1 |
Dodi e Egídio | 1 |
Fred | 1 |
Michel Araújo | 1 |
Erros analisados
Assim como o lance envolvendo Digão contra o Ceará, o gol do Palmeiras, na segunda rodada, caiu nas costas de Fred. O centroavante veio até o meio-campo para buscar a bola, mas acabou sendo desarmado por Victor Hugo. Por consequência, a defesa acabou sendo pega desprevenida no gol de Luiz Adriano.
Da mesma forma que Egídio e Dodi, que se atrapalharam no lance que originou o segundo gol do RB Bragantino, na derrota por 2 a 1 pela quarta rodada. E Michel Araújo, que tentou sair jogando contra o Atlético-GO, mas acabou perdendo a bola em uma zona perigosa. Permitindo o cruzamento para o gol de empate, marcado por Renato Kayzer.
Já as falhas de Nino aconteceram por erros de interceptação. Contra o Timão, por exemplo, o zagueiro errou o tempo de bola e permitiu que Gil cabeceasse livre para o gol. Enquanto contra o São Paulo, o defensor errou o bote na marcação de Brenner. Na sequência, Luciano marcou no rebote.
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Por fim, as duas falhas de Muriel são ambas pelo mesmo motivo. O arqueiro espalmou a bola para frente, resultando nos primeiros gols gols de RB Bragantino e de Flamengo, respectivamente.
No lance do gol, é claro que a falha de Muriel foi preponderante para matar o sistema defensivo. Mas é preciso olhar para a raíz da finalização.
A jogada se desenvolve pelo lado e afunila até encontrar Matheus Jesus.
Perceba que Araújo não pressiona e o time está em ritmo baixo. pic.twitter.com/Fr0Ez1TzeK— Adriano (@adrianomotta) August 21, 2020
Falhas individuais x falhas coletivas na defesa do Fluminense
Em contrapartida, as falhas coletivas foram definidas como erros de posicionamento geral ou lances que envolvem um conjunto específico do mesmo setor. Ou seja, são os chamados “gols de pelada”. Como, por exemplo, o gol marcado por Diego Souza na derrota para o Grêmio pela primeira rodada ou o marcado por Vitor Bueno, na derrota para o São Paulo na oitava.
ELE CRAVA!
Após sobra de bola, Diego Souza aproveitou para empurrar para o fundo das redes e abrir o placar. Este foi o gol da vitória do Grêmio sobre o Fluminense pelo #Brasileirão2020. pic.twitter.com/ZJmEK9V1J0
— TNT Sports Brasil (@TNTSportsBR) August 10, 2020
Contudo, o erro mais recorrente do Fluminense envolve as bolas paradas. Os jogadores do Flu geralmente correm todos na direção do gol, o que leva a erros como no segundo gol do Flamengo, pela nona rodada, quando a bola é cortada e sobra nos pés de Gabriel Barbosa, e o primeiro gol do Ceará, no último sábado, que bate em Hudson e entra.
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De acordo com o levantamento feito pelo Saudações Tricolores, seis gols sofridos pelo Fluminense advém de falhas coletivas. Foram contabilizados ainda os gols sofridos contra Internacional e contra o São Paulo (o primeiro na derrota por 3 a 1). Portanto, 14 das 20 vezes em que o Flu foi vazado poderiam ter sido evitadas.
Obs: os lances de pênalti não foram computados porque, apesar de serem falhas individuais, não resultaram diretamente em gols.
Mas e você, concorda com nosso critério?
ST