Flunel do Tempo — Há 50 anos, Fluminense vencia Fla-Flu pela quarta vez em um mesmo ano
Neste sábado (23), o Fluminense entra em campo em busca da quarta vitória no Fla-Flu neste ano de 2021. Faz tempo desde que o Time de Guerreiros conseguiu vencer o arquirrival tantas vezes em tão pouco tempo. A última vez aconteceu em 1971. O Flu já havia vencido pelo Campeonato Carioca e Brasileiro, mas a quarta teve um sabor especial. No dia apresentação do tricampeão mundial Paulo Cezar Caju no Rubro-Negro, o Tricolor goleou por 4 a 1 com gols de Mickey — “o artilheiro Paz e Amor” — (duas vezes), Silveira e Marco Antônio.
Os anos 1970 começaram com tudo para o Fluminense. Nos tempos da brilhantina, dos cabelos longos, dos bigodões e da moda hippie, o Tricolor já havia conquistado o Torneio Roberto Gomes Pedrosa — que ficou conhecido como maior Brasileiro de todos os tempos pela presença de todos os tricampeões no México — no ano anterior.
Você conhece nosso canal no Youtube? Clique e se inscreva! Siga também no Instagram
Mas, se não conseguiu repetir o mesmo sucesso na Libertadores — caindo ainda na primeira fase — conseguiu repetir no Cariocão, com o 20º título estadual.
Repetiu também nos Fla-Flus. Assim como 2021, Flamengo e Fluminense travaram vários duelos no ano de 1971, com quatro vitórias do Tricolor e quatro empates.
Na quarta vez que venceu no mesmo ano, 4 a 1 no Fla-Flu
Enquanto São Paulo e Atlético-MG disputavam a final do Brasileirão, Flamengo e Fluminense marcavam um amistoso no fim de 1971. O rivais estavam empolgados com a contratação de Paulo Cezar Caju — que anos depois se tornaria uma das engrenagens da Máquina Tricolor das Laranjeiras. O ponta-esquerda, aliás, daria o pontapé inicial no Maracanã.
Mas, no dia seguinte, as fotos de Caju com a camisa rubro-negra vieram acompanhadas do título “Flu estoura no Fla-Flu: 4 a 1”, como estampou o extinto Jornal dos Sports.
Na oitava vez que se enfrentaram no ano, o Flamengo parecia disposto a evitar a quarta derrota para o Fluminense no Fla-Flu. De acordo com a crônica da partida, o time da Gávea começou melhor com as investidas do ex-Flu, Samarone, e do futuro Flu, Paulo Cezar Caju. Mas foi o ponta-direita Buião que aproveitou o escanteio de Rodrigues Neto para abriu o placar para os rivais logo aos 11 minutos da primeira etapa.
Só que o Flu tinha um time melhor e provou isso. O também tri mundial Marco Antônio começou a chegar mais ao ataque e — junto com o ponta Lula — começou a infernizar Rondinelli na esquerda. Foi por esta faixa de campo, aliás, que Lula, aos 24 minutos, começou a jogada do gol. A bola foi passando de pé em pé até chegar ao volante Silveira, que acertou uma bomba no ângulo do goleiro Amauri.
Logo após o empate, o Fluminense quase virou com Jair e Lula. Mas os gols ficariam mesmo para o segundo tempo.
Mickey marca duas vezes e comanda goleada
No início da etapa complementar, aos 4 minutos, o ponta-de-lança Jair passou por Rondinelli e Zé Mario e cruzou na área. Ivair — que havia entrado no lugar de Lula — ajeitou de cabeça e Mickey completou para o gol.
Cerca de sete minutos depois, Oliveira rolou para Mickey na área do Flamengo. O artilheiro Paz e Amor então tocou para Marco Antônio, que chutou forte, cruzado, para estufar as redes.
Por fim, ainda teve tempo para Wilton receber o lançamento de Oliveira, driblar Paulo Henrique e cruzar para Mickey — sempre ele — fechar a goleada de pé esquerdo. 4 a 1 aos 41 minutos do segundo tempo na quarta vitória do Fluminense no Fla-Flu em 1971.
Ficha técnica
Fluminense 4 x 1 Flamengo
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.
Data: 12/12/1972.
Público: 12.387
Renda: Cr$ 53.806,50
Árbitro: Geraldino Cezar.
Assistentes: Antenor Martins e Edir Pires Teixeira.
Gols: Buião (4min/1ºT), Silveira (24min/1ºT), Mickey (4min/2ºT), Marco Antônio (11min/2ºT), Mickey (41min/2ºT).
Fluminense: Félix, Oliveira, Sérgio Cosme, Assis (Márcio) e Marco Antônio; Denilson e Silveira; Sérgio Roberto (Wilton), Jair, Mickey e Lula (Ivair).
Flamengo: Amauri, Rondinelli, Washington, Paulo Ricardo e Paulo Henrique; Zé Mário e Paulo Cézar Caju (Dudu); Buião, Chiquinho, Samarone (Gérson) e Rodrigues Neto.
ST