Flunel do Tempo: Há quase 30 anos, Fluminense eliminava Criciúma em casa pela Copa do Brasil

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Há quase três décadas, em 1992, o Fluminense lavava a alma contra o Criciúma pela Copa do Brasil. Assim escrevia o extinto “Jornal dos Sports” na manhã do dia seguinte. De acordo com o periódico, “há muito tempo o time não conseguia uma vitória tão expressiva”. Jogando no Heriberto Hülse — mesmo palco da partida desta terça-feira (27) — o Tricolor, de Bobô, venceu o Tigre por 3 a 0 com gols de Super Ézio, Lira e Vágner.

Esta é a quinta vez que os caminhos de Fluminense e Criciúma se cruzaram na história da Copa do Brasil. A primeira delas aconteceu lá no ano de 1992. Por isso, desta vez, o Flunel volta bastante no tempo. A uma época sem múltiplas telas ou notícias online ou melhores momentos e gols postados quase que em tempo real no YouTube e nas redes sociais. Um período onde — quem não assistia o jogo no estádio ou na TV — tinha que ler o resumo nos jornais. Exatamente o que tive que fazer para poder escrever sobre este 3 a 0.

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Um dos gols do Fluminense contra o Criciúma pela Copa do Brasil de 1992
Ataque do Fluminense dando trabalho para o goleiro Alexandre, do Criciúma. Era também um tempo de fotos em preto-e-branco nos jornais (Foto: Reprodução/Jornal dos Sports)

Depois de vencer o então atual campeão por 2 a 1 em Laranjeiras — gols de Zé Teodoro e Paulo Alexandre — o Flu precisava segurar um empate em Santa Catarina para avançar. Mas, os gols sofridos pela defesa vinham preocupando o então técnico Sérgio Cosme. Por isso, o treinador resolveu testar uma formação com três zagueiros: Vica, Mazola e Souza.

E a escalação deu certo. O Criciúma precisava do resultado mas, mesmo assim, sequer ameaçou o gol defendido por Jefferson, como contam os jornais. O melhor, no entanto, ficaria para a segunda etapa.

Fluminense constrói placar no segundo tempo, vence Criciúma e avança na Copa do Brasil

Seguro e taticamente disciplinado, o Tricolor então voltou decidido a definir a classificação. Assim, aos 13 minutos do segundo tempo, Vágner cruzou para o artilheiro Ézio — o “Super Ézio” como eternizou Januário de Oliveira — escorar e abrir o placar.

Logo após, aos 21, o lateral-esquerdo Lira acertou um chutaço de fora da área. Um golaço para ampliar o placar. 2 a 0 Fluminense.

Enquanto a torcida do Tigre, conformada com a eliminação, deixava o Heriberto Hülse, o Tricolor continuava no ataque. Portanto, os aurinegros não viraram a tabela entre Bobô e Sergio Manoel, nem o atacante driblando o goleiro Alexandre e, muito menos, a bola batendo na trave antes de voltar nos pés de Vágner, que fechou o placar.

Com a vitória por 5 a 1 no placar agregado, o Fluminense se classificou para a semifinal da Copa do Brasil. O Tricolor ainda eliminaria o Sport, mas acabou perdendo a final para o Internacional.

Ficha técnica – Criciúma 0 x 3 Fluminense

Estádio: Heriberto Hülse, Criciúma.

Data: 13/11/1992.

Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG).

Assistentes: Hamilton Rodrigues da Costa (MG) e Marco Antônio Martins (MG)

Gols: Ézio aos 13′ do segundo tempo; Lira aos 21′ e Vágner aos 40′

Cartões amarelos: André Carpes (Criciúma), Vágner, Bobô, Pires e Lira (Fluminense)

Público: 14.264

Renda: 224.790.000,00

Criciúma: Alexandre, Jairo Santos, Vilmar, Sílvio Criciúma e Itá; Roberto Cavalo, Paulo da Pinta; Everaldo, Dauri, Soares e André Carpes. Técnico: Ivo Wortmann

Fluminense: Jefferson, Carlinhos Itaberá, Vica, Mazola, Souza e Lira; Pires, Sérgio Manoel (Paulo Alexandre); Vágner, Ézio (Anderson) e Bobô. Técnico: Sérgio Cosme

ST

 


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

One thought on “Flunel do Tempo: Há quase 30 anos, Fluminense eliminava Criciúma em casa pela Copa do Brasil

  • 31/07/2021 em 16:50
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    Eu lembro deste jogo como se fosse hoje, sou tricolor, quase passei mal de tanto sufoco, só deu Criciúma no primeiro tempo. Quando saiu o gol do superezio, cheguei a gritar e meu pai chegou a tentar me bater, kkkkk, ele era vascaíno e disse “Que time filho da puta, toma um vareio e faz um gol”. Saudades do meu velho pai, um homem que só deu amor pelo seus filhos.

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