SOB A LUZ DO REFLETOR – A Arte de Perder Tempo II

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Esse título foi usado quando estávamos com Oswaldo de Oliveira comandando nosso futebol. O mesmo tinha acabado de escalar Ailton, Ganso e Nenê no meio contra o Palmeiras. Por isso a utilização do numeral romano ao lado. Oswaldo de Oliveira foi uma loucura do Mario e do Celso, na época ainda atuante como vice de futebol. Um absurdo daqueles que nenhum torcedor entendeu. Podemos comparar com o Roger? Na verdade não! O atual ex técnico tricolor estava atuante no mercado e Oswaldo “aposentado”, mas de certa forma foi um tempo perdido enorme, justo quando conseguimos alguns resultados importantes, gerando mais caixa ao clube, como a classificação direta para Liberta.

Roger destruiu o que Odair e Marcão construíram no ano passado. O Fluminense chegou a classificação para a Libertadores com um time enjoado, que não perdia nunca, chato e arrumado. Não era uma beleza, longe disso, mas tinha pegada e os adversários sofriam para jogar com a gente, até os mais fortes. Roger entregou ao Big Mark um retalho de time e o mesmo já reiniciou os trabalhos tentando dar a mesma cara de meses atrás, ou seja: A arte de perder tempo. Ao invés de usar esses meses para evoluir, retrocedemos e agora a missão é resgatar o que tínhamos em janeiro desse ano para depois tentar evoluir.

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Marcão conseguiu na segunda, contra o Galo pelo Brasileirão, resgatar essa pegada. O time dos caras é muito forte e tem elenco. Neutralizamos, achamos nosso gol e poderíamos facilmente ter feito o segundo se o Biel estivesse num dia razoável, mas o garoto errou todos os contra ataques possíveis, sendo o mais significativo deles um gol perdido lá perto dos 40 min da segunda etapa. Já no enfrentamento pela Copa do Brasil, Cuca foi mais malandro.

Primeiro que não podia arriscar tanto, se sai com um 2 x 0 daqui, como poderia ter sido na segunda-feira, complicaria sua vida em Belo Horizonte. Segundo que Cuca quer espaço para seus rápidos meias e atacantes desfilarem. Hulk, por exemplo, com 2 linhas de 4, praticamente juntas, na frente da área, vai correr para 0nde?

Cuca percebeu que nosso time arriscaria mais um pouco, em função de querer levar alguma vantagem para o jogo da volta e recuou suas linhas, deu um pouco a bola para gente, mas ganhou espaço. Achou um gol em falhas individuais: Egídio abandona para dobrar a marcação e deixa cruzar, Samuel Xavier não chega em Nacho e Nino fura metendo a bola para dentro.

O jogo complicou, mas o Flu melhorou e começou a ameaçar, achando um pênalti. Final do primeiro tempo estava bom para a gente e levar esse empate para o vestiário seria ótimo para montar estratégia para segunda etapa. Ai a malandragem do Cuca deu as caras. Luís Henrique perde uma bola boba, ninguém para a jogada que chega no Hulk, que mais uma vez passa sem levar falta, tabela com Nacho e complica o jogo de novo. Cuca jogou a isca e caímos, mas o que fazer?

O fato que quando se joga contra esses times endinheirados, com um super elenco, vira uma sinuca de bico. Se você ficar muito atrás vai sendo amassado e precisa pelo menos ter opção de contra ataque, para ganhar o jogo e assustar também o adversário. Conseguimos fazer isso na segunda-feira, mas nem sempre da para resistir essa pressão sem tomar gols, é um risco.

Agora, se o adversário te da a bola e joga no seu erro? O Flu rodava a bola sem ter a coragem de arriscar. Arriscar um drible, uma enfiada, uma infiltração dos volantes, medo de jogar e perder a pelota, porque viria contra ataque certo, como veio várias vezes, mas ficar com a bola sem tentar o gol, também não dá. Vimos isso contra o Barcelona. Acaba o jogo e você perde!

No futebol tem que ter coragem, se perder, que perca tentando. Óbvio que precisa ter um pouco de responsabilidade, quanto mais você arriscar com uma proteção, melhor, mas nem sempre é possível. Xadrez. O fato é que precisamos soltar mais o time para ter mais situações de gols, quando o adversários nos dá a bola.

Precisamos muito de vitórias no Brasileirão e temos 3 times menos complicados pela frente agora: Bahia, Chapecoense e Juventude. Ou começamos a ganhar ou teremos um final de ano complicado. Para isso vamos testar se o Big Mark vai conseguir produzir mais contra times mais fracos que o nosso.

Já pela Copa do Brasil, a tarefa ficou bem difícil, mas do Fluminense sempre espero um milagre, não podemos desistir.

Toque Curto:

  • Péssima as atuações de todos os extremos: Luís Henrique, Lucca, Biel e Arias. Ficou difícil criar situação de gol assim.
  • Falando em Arias, estava visivelmente nervoso, mas tem boas chances de dá certo.
  • Não é possível que a gente não consiga alguém pro lugar do Egídio. O cara errou 99% das jogadas, não marca direito, não acompanha e nem cruzamento está acertando mais. Não aguento mais o Egídio!
  • Big Mark precisa pensar numa formação para um 4 4 2. Esse esquema já cansou também. Joga os 3 volantes, um armador e um garoto rápido na frente com o Fred, que está cansado mas sem substituto a altura.

SDT

 


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2 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – A Arte de Perder Tempo II

  • 27/08/2021 em 13:16
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    Concordo com a coluna, mas o que está faltando só time é treino. Menos rachões e treinar situações de jogo. Pensar como joga o adversário e simular as jogadas exaustivamente. Não temos um sistema de marcação pressão e a defesa sofre com isso. Não temos jogadas para o Fred, por isso ou se pensa em jogadas nas extremidades para ele ou coloca outro. Não temos variação de esquema, precisamos muito. Abraços.

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  • 09/09/2021 em 12:29
    Permalink

    Marcão por favor esquece o Egídio e o Lucca… dá oportunidade para o Marlon e para os moleques da base.
    E monta um esquema de jogo, pois os jogadores estão cansando muito rápido, sem saber o que fazer em campo.

    Resposta

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