SOB A LUZ DO REFLETOR – Montanha Russa Tricolor

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Futebol é um esporte surpreendente. O início de temporada do Fluminense pode ter vários adjetivos, menos monótono. Senão vejamos:

  • Derrota para o Bangu na primeira partida do ano.
  • Sequência de  12 vitórias seguidas, segunda melhor marca da história do clube, incluindo 3 clássicos e 3 partidas pela pré libertadores.
  • Anúncio revoltante da venda do seu melhor jogador, LH, por uma quantia considerada ridícula pela maioria.
  • Derrota mortal para o Olímpia, após perder por 2 gols na partida e ser derrotado nos pênaltis, sendo eliminado antes de entrar na fase de grupos da Libertadores.
  • Derrota para o Botafogo na semifinal do Carioca, com uma atuação vergonhosa, achando um gol salvador nos descontos que levou o time a final.
  • Vitória por 2 gols de diferença contra o poderoso clube de remo, levando vantagem para a ultima partida da final.

Olha o looping! O Flu conseguiu perder do Botafogo e ganhar de 2 gols do Fla. No comando dessa montanha russa está nosso velho e conhecido Abel. O técnico pegou um time com 8 reforços e estruturou uma nova forma de jogar. Aproveitou o Felipe Melo para jogar com 3 zagueiros e quando não dava certo, adiantava o mesmo para volante. Construiu um segundo time que chegou a  fazer grandes jogos, como o contra o Vasco.

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Se não estava mil maravilhas, pelo menos estava ganhando. Abel ainda pecava nas escalações e resolveu atender um pedido de uma boa parte da torcida logo no jogo derradeiro, contra o Olímpia fora, trocando Yago e Bigode. Não deu certo e o barco começou a afundar.

Nosso presidente ajudou o início do declínio, quando deixou vazar a venda do LH e ainda veio para uma coletiva confirmar, as vésperas do jogo decisivo do Paraguai. Ora Presidente, para que ? Enrola, muda o assunto, diz que ainda está em analise, despista, mas não confirma o que poderia criar um péssimo clima na semana decisiva. Mas não o fez e aumentou o problema.

Flu entrou de luto pela eliminação. Time virou um bando, sem personalidade, sem vontade e mal escalado pois Abel insistia em 3 zagueiros mesmo sem Felipe Melo e em jogadores que brilhavam entrando no segundo tempo, mas não conseguiam a mesma performance como titulares. Até que a chapa esquentou contra o Botafogo e Abel percebeu que se não fizesse nada, o campeonato poderia ter acabado na última quarta.

Abel mudou e fez bem. Ainda não teve dois jogadores de grande importância como Nino e LH, mas o time recuperou a vontade, a garra e a determinação já vista em anos anteriores. O Flu de 2020 para cá, compete. Time difícil de jogar contra. Assim conseguiu por dois anos seguidos vaga na Libertadores e até uma boa campanha ano passado na competição. E assim fez seu tradicional jogo contra o Fla, marcando forte e recuado, esperando uma bola. Vieram duas!

E agora Abel? 2 gols de vantagem. Já vimos esse filme duas vezes. Uma fomos eliminados, exatamente com a mesma vantagem de agora. A outra seríamos eliminados sem penalidades, se não fosse um milagre daqueles dignos do Gravatinha. O que acontecerá no sábado?

Todos sabem que o Flu virá reativo, mas existe uma grande diferença do que foi feito no Paraguai e no que fizemos contra o Fla. Uma não, várias. A primeira é a confiança da equipe, que no clássico carioca estava alta e no Paraguai estava baixa, com um time nervoso, sem conseguir bloquear as ações do adversário. A segunda foi a formação que jogamos na quarta, com um 4 4 2, povoando o meio de campo, com tentativa de ficar com a bola e com jogadores que possuem esse perfil. A terceira foi o posicionamento, que mesmo recuado, não era dentro da área, com algumas situações de marcação mais a frente. Final do jogo, ganhando de 2 x 0, o Flu conseguiu alguns minutos no campo do adversário.

Abel deve repetir o time e espera LH e Nino. O primeiro pode resolver um grande problema do último Fla x Flu, no primeiro tempo, que foi a falta de um jogador de mais velocidade para contra atacar com eficiência. Bigode não tem mais esse perfil. Estamos carente da posição Caio Paulista a torcida não aguenta mais. Gabriel Teixeira perdeu diversas chances de se consagrar. Gabriel Martins tem pouquíssimas atuações no profissional para encarar um jogo dessa envergadura e LH estava no DM. Rezemos para que ele retorne e em grande estilo.

Sábado é nossa vez. Sábado o Rio será tricolor!

Toque Curto:

  • Mão na taça? Não consigo ver esse jogo sendo fácil, essa conquista vindo de forma que não deixe qualquer tricolor a beira de um ataque cardíaco. Preparem o coração.
  • A depressão pós eliminação terminou na hora certa. O time tem que ter aprendido alguma lição dos jogos que tinha vantagem e foi derrotado.
  • Fábio fechou o gol. A torcida do Flu adora uma polêmica. A condição de titular era do Fábio desde que foi escolhido para jogar a Libertadores, ou não era essa a competição principal do primeiro trimestre? Apenas recuperou sua condição.
  • Cano cheira gol e o goleiro deles chama gol. Combinação perfeita para o título.
  • Abel, meu querido, capricha! Não podemos ficar sem velocidade para contra atacar. Se vira!!!

SDT


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