SOB A LUZ DO REFLETOR – O Fluminense Ideal

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O Fluminense do Roger consegue deixar todos sem rumo. Ou será que seria apenas esse colunista que fica perdido com as diferentes atuações do nosso tricolor? Roger vai do 8 ao 80 sem freio. Consegue cometer insanidades que lançam o #foraroger  aos primeiros lugares nas rede sociais e depois tem atuações excepcionais que trazem esperanças ao torcedor. Como analisar esse Fluminense do professor Roger Machado?

Nos dois últimos jogos tivemos uma boa prévia do que é capaz nosso treinador. Contra o Sport em Recife, Roger conseguiu a proeza de escalar Nenê, Cazares e Ganso juntos, não satisfeito colocou o PH Ganso de nove. Não é mentira, podem conferir. Vou dar apenas esse parágrafo negativo ao treinador, pois está merecendo uns elogios, até porque estávamos a beira do retorno para Liberta, com problemas no ataque e ele consertou o próprio erro, ganhando essa partida. Mas fica o comentário como ilustração de como ele consegue errar e acertar de maneiras radicalmente opostas.

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Chegamos então a volta da Libertadores, nas oitavas de final, contra o Cerro no Paraguai. Roger escalou o time como devia. Chegou a ensaiar barrar o Nenê e colocar mais um garoto no time, mas os números do “vovô” mostram que ele participa muito dos nossos gols e além disso, sem o Fred, essa garotada precisa de alguém para comanda-los. O time voou no início do jogo. Nenê entendeu que precisa soltar a bola mais rápido, enfiando e lançando aos nossos rápidos garotos da base. O Flu perdeu gols e colocou uma na trave com o próprio Nenê, mas a bola não entrava. Dava gosto de ver a atuação do time. Sim, o Cerro não é lá grandes coisas, mas é uma Libertadores, oitavas de final, jogo fora de casa e apertávamos a saída de bola dos caras e acelerávamos nosso ataque.

Aos 30 Arce reagiu e o Cerro passou explorar nosso ponto fraco, nosso lado esquerdo, obrigando ao Lucas Claro a sair da área para cobrir o Egídio. Tiveram uma cabeçada para a boa defesa do Marcos Felipe e um gol mal anulado na confusão do juiz com o VAR. Seria um castigo a boa atuação na maior parte do tempo do Fluminense.

Roger estava inspirado e conseguiu ver o jogo, o que não fez contra o furacão, por exemplo. Inverteu o Caio Paulista e entrou com Luís Henrique na direita. Caio deu mais proteção ao setor esquerdo e Luís Henrique, em boa fase, incendiou de novo o jogo. Flu fez 2 x0 e poderia ter saído com um placar mais elástico, não só pelo início do jogo como por todo o segundo tempo. Atuação quase perfeita do time.

Ficam no ar as dúvidas: Porque não conseguimos jogar mais vezes assim? Porque Roger se perde nas escalações e nas substituições, se na terça acertou praticamente tudo? O que falta para encontrarmos essa regularidade?

Nenê jogou muito na terça e saiu as 27min do seg tempo. Fico lembrando do jogo contra o São Paulo, que o Flu jogou bem também, mas Nenê estava péssimo e até desperdiçou um pênalti de forma infantil, porém ficou até os 40 em campo. O que passa na cabeça do Roger para deixar um cara mal no jogo até os 40 e tirar um cara bem no jogo aos 27min? Diga-se de passagem que fez muito bem em sacar o Nenê aos 27, poderia sair até com uns 20. A pergunta serve para entendermos o quanto muda a cabeça do treinador, de um jogo para o outro, e sem razões óbvias.

Talvez tenha sido a melhor atuação do Flu na era Roger Machado. Ok, jogamos muito bem contra o River, fora de casa, mas sempre paira no ar a questão do retorno dos atletas argentinos, fragilizados pela Covid. Boa atuação no seg tempo contra o Fla, mas um jogo inteiro, ou quase inteiro, na minha visão foi a melhor atuação e aquela que eu gostaria muito que se repetisse mais vezes, sendo em casa ou fora dela.

Nosso treinador tem seu time na cabeça e ele não está muito errado nessa escalação, que deve ter Nenê e Fred. Precisa melhorar o esquema que mata nossos garotos abertos e, principalmente nas substituições. Tem que trocar mais rápido o Nenê. Não dá para ele ficar até os 30 em campo, tendo Cazares e alguns garotos voando no banco. Precisa aproveitar essas 5 substituições para manter a pegada do time e criar mais dificuldades ao adversário.

Mais uma vez o caminho está certo. Estava também após o jogo do River e foi desandando um pouco, retornando agora. Siga firme Roger, pegando esse jogo como exemplo e se ligando mais nas trocas. Não se apegue à bela atuação do vovô, ele precisa sair de campo mais cedo. O Flu tem um bom elenco, com boas peças de reposição (obviamente ainda precisa de reforços) e dá para aproveitar com mais frequência e por mais tempo nosso banco. A entrada de alguém aos 45 do seg tempo, só serve para parar o jogo, não dá tempo nem de aquecer.

Hora dos mais experientes trabalharem a cabeça do time para manter os pés no chão. No futebol pode acontecer de tudo. Se jogar sério, dificilmente perde essa vaga.

Toque Curto:

  • Grande atuação do Nenê. Passando de primeira, lançando os garotos, batendo falta e fazendo gol.
  • Juiz e VAR se complicaram. Flu não tem nada com isso, mas precisa abrir o olho para o próximo confronto, porque a pressão está grande dos paraguaios. Evitar faltas mais duras e, principalmente dentro da área, ter bastante cuidado.
  • O que aconteceu Lucca? Ainda não consigo enxergar pênalti no lance, como pode perder aquele gol?
  • LH subiu muito de produção. Jogando mais sério, sem firula, partindo para cima. Parece que acordou.
  • Boa professor. Faça uma breve analise até aqui e suma com os erros óbvios cometidos em alguns jogos. Ah, Cazares não é jogador de beirada e Ganso não é camisa 9. Não custa lembrar, obrigado.

SDT


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