Flunel do Tempo: Durante a Arrancada, Fluminense vencia Cerro Porteño no Paraguai
Há cerca de 12 anos, o Fluminense enfrentava o Cerro Porteño no Paraguai. A partida aconteceu no Olla Azul y Grana, mesmo palco desta terça-feira (13). Com gol de Fred — que ontem viajou com o grupo para Assunção —, o Time de Guerreiros venceu por 1 a 0 e ficou mais perto da decisão da Sul Americana. No jogo que ficou marcado pelo apedrejamento após o apito final.
Em uma das cenas mais tensas, o capitão Fred mostrava ao saudoso repórter Victorino Chermont — falecido na queda do avião da Chape em 2016 e à época no SporTV — o tamanho dos pedregulhos que os torcedores atiravam na direção dos atletas. Antes disso, no entanto, teve uma grande atuação do Fluminense em Assunção.
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Enquanto fugia de um rebaixamento dado como certo, em 2009, o Flu também voltava os olhos para a Sul Americana. O próprio Cuca admitiu que a competição servia para dar entrosamento e competitividade ao Time de Guerreiros. Até então, o Tricolor já havia vencido Atlético-MG, Cruzeiro, Palmeiras, Universidad de Chile e Sport.
Mesmo jogando em um alçapão no Paraguai, o Fluminense começou sufocando o Cerro Porteño. Só deu Flu na primeira etapa. Logo após o apito inicial, Marquinho cruzou e a bola atravessou toda a área até Maicon Bolt. O atacante driblou Barreto, mas não conseguiu finalizar no gol.
Minutos depois, o passe de Conca encontrou Diguinho na área. Só que o volante chutou por cima. Aos 23 minutos, uma polêmica. No lançamento de Marquinho, Mariano chegou batendo para a defesa de Barreto. O lateral pegou o rebote e acabou desarmado por Torren. A bola então sobrou para Conca, que acabou derrubado pelo mesmo zagueiro na área. Pênalti claro. Mas o argentino Héctor Baldassi — aquele mesmo da final da Libertadores que não marcou o pênalti sobre Washington — nada sinalizou.
Fred marca e Fluminense vence com apedrejamento no final
O goleiro Barreto, em noite inspirada, ainda defendeu as finalizações fortes de Fred e Mariano. Além de uma cabeçada do zagueiro Dalton. Enquanto isso, na melhor chance do Cerro, Nanni entrou driblando e chutou. No entanto, Rafael — a la Fernando Henrique — defendeu com o pé.
O Fluminense era melhor que o Cerro Porteño, mas não conseguia tirar o 0 do placar no Paraguai. Já na segunda etapa, Conca — principal nome do Tricolor no primeiro tempo — tentou em um chute forte de longe, mas Barreto pegou em dois tempos.
Faltava mais de Fred. O centroavante fazia uma partida tímida até então. Contudo, aos 30 da segunda etapa, o atacante recebeu um chutão que veio do goleiro Rafael. Dominou, carregou e bateu seco, no canto, preciso. 1 a 0 Flu.
Mas, as fortes emoções estavam guardadas mesmo para depois do apitou final. Assim que Héctor Baldassi encerrou o jogo, a torcida do Cerro, irritada, começou a atirar objetos no gramado. Copos, cadeiras e até pedras foram lançadas, acertando até mesmo um policial.
Enquanto os jogadores do Azulgrana correram para o vestiário, a policia paraguaia cercou o Time de Guerreiros no meio-campo. Por isso, o Flu precisou aguardar até o estádio ser esvaziado para enfim poder sair.
Ficha técnica – Cerro Porteño 0 x 1 Fluminense
Estádio: La Olla Azul y Grana, em Assunção.
Data: 11/11/2009.
Árbitro: Héctor Baldassi(ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG)
Gols: Fred, aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Herner e Torren (Cerro Porteño); Diguinho (Fluminense).
Cerro Porteño: Barreto; Herner, Cardozo e Torren; Irrazábal, Recalde, Villarreal, Britez e Cáceres (Julio dos Santos); Ramirez (Ávalos) e Nanni (Nuñez). Técnico: Pedro Troglio.
Fluminense: Rafael, Gum, Digão e Dalton; Mariano, Diogo, Conca (Maurício), Diguinho e Marquinho (João Paulo); Maicon (Alan) e Fred. Técnico: Cuca
ST